sábado, 9 de janeiro de 2010

Prisma

Não fez quase nada, praticamente mudou de côr como um camaleão.
Preferiu ficar vermelha do que propriamente agir. Escolha feita, decidiu escolher o caminho das lisas pedras de limo, que por sinal são verdes. O trajeto de fato não era longo, mas com alto grau de dificuldade diante do tempo cinzento. De início, um escorregão ali, outro aqui,e pronto, percebeu que havia escolhido o caminho mais difícil. Decidiu não retornar, e para não molhar seus pés, ou mesmo para não ficar com um hematoma, daqueles bem roxo, preferiu deslocar-se para uma das margens do maravilhoso caminho das águas. Conseguiu andar por mais alguns metros, e mais um pequeno deslize, desta vez pisou na lama e afundou seu pé de barro. Sempre educada, remeteu-se ao silêncio e a um gesto facial de descontento. Seguiu, e logo encontrou um pé de laranja, colheu algumas e continuou sua jornada, pois sabia que possivelmente outras dificuldades estariam pela frente. Entre um obstáculo e outro, reflexões e mais reflexões, a sensação era de estar fazendo um caminho de buscas. Lembrou-se que anos atrás a coisa estava preta, dificuldades em quase tudo! Literalmente parecia nadar contra a corrente, em um caminho escolhido e não induzido. Quase chegando a queda d'água, o céu estava se abrindo em uma tonalidade de azul deslumbrante, mais que perceber a abertura do tempo, conseguiu compreender que independente do caminho escolhido, não desistiu em nenhum instante. De fato não amarelÔ, apesar de sua cor preferida ser o amarelo.
Ao chegar no destino, mergulhou, suspirou, e com um lindo sorriso colorido, disse em voz baixa: "cheguei ". Ao fundo, um lindo arco-íris e novos caminhos pela frente.

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