quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Españolita

Segue solta como o vento.
Tudo parece fluir em sua jornada, parece ter clareza que os passos são curtos, mas o caminho é longo!
As vezes flutua pelas inúmeras possibilidades que surgem, e entre a emoção e a razão, prefere simplesmente seguir sua intuição.
O momento é certamente mágico, com isso incorpora conhecimento, solidariedade, amizade e um infinito de possibilidades.
Deixa rastros de saudades por onde passa, devido ao seu sempre maravilhoso astral.
Então, é só seguir com essa luz, e continuar viver como a vida deve ser vivida.
Assim, de forma simples.
Feliz em tê-la conhecido!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Suave

O até a próxima, em um dia qualquer, aliado aquele sempre sentimento de um certo vazio, mas com recheio de banana com canela, daquele pão que ficou na promessa. Seu Zeca do Alambique que não me deixa mentir, afinal, 100ml de cachaça da boa como degustação e mais alguns goles para descobrir em que a danada estava curtida, elevou e levou alguns litros para casa. Em dia de chuva na ilha, caiu muito bem aquele caldo de feijão, e a confecção de mais bilhetinho para colocar na parede do bar. Andar com fé eu sempre vou, mas as vezes pegar o barquinho para a costa da lagoa e flutuar sobre as águas, faz muito bem a qualquer alma. Admirar e meditar em frente a cachoeira faz parte do passeio, mas o bar do Jonas era pura diversão, vídeos dos anos 80, mesa de bilhar manera, acompanhado de uma cerveja e aquele paieiro clássico. Entre as dunas, grãos, entre os grãos, uma alucinação, daquelas made dOty! O cinza do céu, o verde da vegetação, nada mais justo que um gato preto para preencher o cenário, em uma tarde que mais parecia um pintura de um quadro ou mesmo um momento de um curta. A musicalidade nunca ausente, floresceu em uma noite de maracatu, outra de samba e alguns de tambores, quando o vizinho não pedia para parar. Dias mágicos na cozinha, dizem que cozinhar é uma arte, e que precisa de amor para com os alimentos, talvez seja este o segredo do peixe, do brigadeiro e do macarrão na madrugada. Pizzas integrais, crianças, música, amigos novos, velhos amigos, presentes, alegria e mais um ano de vida! Festa no sábado e bolo no domingo. Eternal Gaze e o violonista preencheram as películas semanais para não perder o hábito. Tudo muito suave, como deve ser a vida!

segunda-feira, 15 de março de 2010

BR

Sem milongas, parece que o Brasil está ficando pequeno! Logo terei conhecido todos os estados da federação, algumas vezes, a passeio é verdade, mas em sua maioria a trabalho. Têm amigos que não acreditam quando do nada, surgi o peregrino trabalhador e garimpeiro de sonhos e verdades, de desejos e conquistas. E lá vai ele, deixando e tendo saudades de tudo e de todos. As vezes os compromissos são tantos, que os projetos agora são determinados em três tempos: a curto, a médio e a longo prazo, assim, diminui as frustrações quando algo não acontece naquele período previsto! E desta forma, continuo aprendendo a construir e realizar meus sonhos. Uma vez, comentei com uma amiga colombiana, que as pessoas passam em minha vida como nuvens, e ela me respondeu que achava o contrário. Será ? O que dê certo sei, é que em breve, o Brasil se tornará pequeno, e que a América do Sul será meu próximo destino. Bom, mas até lá, ainda tenho alguns projetos para serem colocados em prática e Cuba me espera!

sábado, 13 de março de 2010

Camponeses

Em absoluto, não tem romantismo ! Gente sofrida, trabalhadora, que planta para colher e colhe para se alimentar. De sabedorias grandiosas, adquiridas de geração para geração e que estas não se aprende em nenhuma acadêmia de ensino, seja mestre ou doutor. Enquanto os agricultores trabalhadores protegem suas florestas nativas, os fazendeiros colocam literalmente a floresta abaixo, sem nenhuma sensibilidade e com ausência total de algum sentimento pelos elementos naturais. Arrogância e exploração dos fazendeiros, e simplicidade dos que realmente da terra sobrevivem. Em terra de assentado, não existe assistência médica, as vias de acesso são em sua maioria péssimas, e para as crianças estudarem, horas de caminhadas e diferentes meios de transporte. São explorados por uma sinistra empresa de celulose, que escraviza os camponenes que pouco conhecem de negócios e financiamentos, trabalham, trabalham e sempre continuam devendo, certamente um novo processo de escravidão, trabalhar para sempre dever. Aprendendo muito nesse universo que pouco conhecia, pessoas interessantes, comidas da roça, manejo da terra em inúmeras culturas de plantio e vivendo dias mágicos. Certamente um rico documentário, afinal de contas, cinema é minha vida e com ela vou seguindo!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Brisa


Apesar da cidade e o local não serem os mais adequados, o encontro foi interessante! Parecia amigos de longa data, que após alguns anos distantes, nos reencontramos para relatar suas histórias, seus desejos e seus futuros planos. Caminhamos um pouco a procura do boteco ideal, e acabamos escolhendo um desses de calçada com mesas e cadeiras de madeira. De óculos grandes e olhos puxados, a simpática moça conversava descontraída em meio as inúmeras risadas, regado a gostosa cerveja original e o ótimo astral. Quando sentia vontade de fumar, a moça descolava-se para uma sinistra faixa amarela pintada na calçada, limite determinado pelo governo paulista para os fumantes! Em pé e de forma estranha continuamos nossas interessantes conversas, mas no fundo, achei aquilo bem estranho. As trocas foram muitas, um guia de Cuba, umas fotos de São Luis do Maranhão, um colar dos índios Truká, e um universo de contos e causos. De fato, me senti muito bem em sua presença, muitas virtudes têm a jovem e simpática moça que toca pandeiro e tem muita coisa em comum! Algumas horas depois, o copo quebrou, decidimos então nos retirar do resinto e encontrar com o lendário Heitor. Em alto estilo, subimos no terraço de um prédio para observar o universo de concreto e ouvir os sons da megalópole. Literalmente uma conversa nas alturas!
Juntos, fomos ao ponto de ônibus de uma agitada rua de sampa, e em estado de paz, nos despedimos com agradecimentos em meio a uma boa brisa.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O menino do dedo verde

Acordou não entendendo nada, não sabia se era sonho ou realidade! Parece andar confuso ultimamente, talvez pelos grilos que não param de cantar. Adquiriu três novas paixões e prefere acreditar que nada é por acaso, nem mesmo o próprio acaso. O menino anda mesclando desejos antigos com novos, quer vender o velho para comprar o novo, deseja esquecer o passado, viver o presente e projetar o futuro. Acredita ainda no respeito, na sinceridade e na transparência para com as relações pessoais, mesmo sabendo que as vezes necessita usar o dedo verde, que encontra-se costurado devido a um acidente doméstico! Continua brincando, trabalhando e conversando com alguns seres que habitam momentaneamente seu lindo dedo verde.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Grilo na Cuca

Incerteza, vacilação sobre a realidade de um fato ou hesitação em tomar uma decisão ou partido entre diversas opiniões. Dificuldade para entender, para admitir como verdadeiro, objeção. Mergulhado nessa situação, e tentando achar respostas as minhas perguntas, optei pelo sagrado silêncio, acompanhado de meditação e o contato com o mar quando a inquietação interior fica em evidência. Em contagem regressiva, uma viagem por alguns estados do Brasil, e diferentes compromissos pela frente, em meio a reencontros e desencontros. O movimento é esse, entre lentes e mentes, e sem entender bem o presente, um bolo de chocolate com recheio de geléia de cupuaçu e alguns sucos de graviola para tentar clarear as idéias.