terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Se liga

Ei, você ai. - Se liga!
Eu? - Sim, você mesmo.
Fala baixo, estou ligado, bem ligado por sinal.
Têm luz? Claro que tenho luz.
Luz aonde? - em meu sobrenome.
Legal, mas qual a voltagem, hein?
Depende da situação - sei !
Então clareza, transparência e uma lanterna para quando você faltar.
Mantenha o foco sempre!

Amazônia 1998/1999

Literalmente flutuei durante 1 ano em águas amazônicas, minha casa flutuante, construída em madeira pelos ribeirinhos que vivem na confluência dos importantes rios, Japurá e Solimões, me oportinizaram viver os 365 dias mais interessantes. Para um biólogo, um prato cheio, e como, regado a bastante farinha de mandioca e peixe cozido com o famoso caldo de piranha. De interessante na ocisião, quase tudo, imagine um urbanóide, made in selva de pedra, na maior floresta tropical do planeta. Para pulsar na mesma frequência da úmida e quente floresta, foram precisos aproximadamente 180 dias de muita emoção, transpiração e adaptação. Barbudo, cabeludo e com a pele bastante queimada pelo forte sol, conclui alguns aspectos evolucionistas de Darwin, filosofei, rabisquei figuras, meditei nas longas e lindas tardes, conversei com os peixes, ouvi a orquestra sinfônica dos animais de hábitos noturnos e por alguns preciosos minutos, flutuei em paz!

Heitor

Apresentado pelo famoso primo, logo entrou em graça pela comunidade local, alem de sugestivo por sua natureza, o danado oportunizava momentos de diversão, adrenalina e reflexão. Sempre discreto, principalmente entre os conservadores, tratou logo de ser uma espécie de código entre seus simpatizantes, facilitando a comunicação e possibilitando diálogos mais coerentes com o momento. Por elegância, seu sobrenome é mencionado apenas para seus admiradores mais sensatos. Vale lembrar, que foi Heitor que me proporcionou conhecer e dialogar com Hector, e mais uma centena de pessoas interessantes!
Obrigado Heitor....siga sua viagem!



impacientes residentes...

Alvo da mais nova conduta dos tempos modernos, os impacientes residentes, encontram-se espalhados pelos mais variados cantos desse país. A idéia é a seguinte: migração! E o discurso é sempre o mesmo: "Preciso me mudar, não aguento mais essa cidade, essas pessoas, esse calor ou aquele frio e etc e tal". Incrível mesmo para o viajante Dotildo (meu novo apelido em terras maranhenses) é perceber o elevado número de conhecidos e amigos que têm esse perfil. E como um típico impaciente residente, adoram relatar esse desejo em discursos discretos e variados. Sinceramente, muitos deles não conseguem sair do lugar, e não percebem que um passo a frente, você não estará no mesmo lugar, como já dizia o poeta Chico Science.
Mudar é uma necessidade que implica em coragem, estratégia e sabedoria!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

"vamos brincar com a vida, pois ela vive brincando com a gente".

Ouvi essa frase de um grande amigo a muitos anos atrás.
De fato, me interessei por esse pensamento, e assim como os malabares treinam exaustivamente até chegar a perfeição para virar atração, necessitamos treinar e meditar para enfrentar as diferentes formas e maneiras de conduzir as dificuldades criadas por nós, malabarista do dia-a-dia. Brincar com a vida torna-se uma virtude, mas haja treino, paciência e perseverança.
Mas, certamente vale a pena, principalmente quando percebemos que o tempo é agora, e o presente é o momento!
Brinque, brinque de verdade, mas muito cuidado para não se machucar, afinal, vale a pena brincar com a vida, pois ela realmente vive brincando com a gente.

Da magia pro Amor

É hora de voar por sonhos mais altos, e dizer a todos que o céu é o limite.
Limite? Bom, é melhor deixar pra lá.....pois do lado de cá, tudo vai muito bem, obrigado!
E foi mesmo voando, que cheguei em São Luis do Maranhão.
Ao sair de Floripa, pensei.....
"...dois pedaços de terra, cercadas de água por todos os lados, talvez seja essa a única semelhança entre Florianópolis e São Luis". O fato é que as diferenças me atraem e me despertam cada dia mais, sobre os modos operantes de culturas diversificadas.
Cada uma com sua beleza e seu mistério, embora , sejam extremamente influênciadas por um fator que considero limitante no comportamento e nos hábitos dos que nelas vivem, que é a temperatura. Em floripa, me lembro dos pinguins na praia do Pântano do Sul, das baleias Franca nas praias de Imbituba, das rodas de chimarrão e claro de meu comportamento de urso hibernado. Na real, adorei viver tudo aquilo.
Mas, como na vida escolhemos nossos caminhos.
Em absoluto, escolhi o meu!
Da magia pro amor, pois tudo parece fluir.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Imagem, Piano e Cãimbra

Certo de que vivemos em uma grande ilha chamada Terra, me interessei sobre a temática das "ilhas", estudei muito esse ambiente, e por consequência, acabei trabalhando alguns anos no Instituto Ilhas do Brasil - IIB, em Florianópolis-SC. Mergulhado em livros e artigos científicos, comecei a entender melhor como a gestão desses ambientes "funcionam". Na ocasião fui convidado por uma Universidade de Santos-SP, a proferir uma palestra sobre "Hábitos e Costumes dos Povos Insulares", como qualquer palestra, acredito que ficar ouvindo o palestrante é sempre meio cansativo, mesmo que o assunto seja atraente como era o caso. Então, decidi inovar e oportunizar que outras "artes" tenham seu espaço, optei em dividir meu tempo com meus amigos Ivan Padovani (fotógrafo) e Mário Margarido (Músico), ambos sensíveis as questões ambientais e competentes profissionalmente. Enquanto as imagens eram projetadas, Mário tocava seu piano em concordância com as belas e significativas imagens dos povos insulares. Adorei o resultado do nosso trabalho, que tinha por objetivo sensibilizar os presentes sobre a importância dos saberes dos habitantes das ilhas. O fato mais interessante, foi certamente as terríveis cãimbras ocorridas durante a respectiva palestra, interrompida por alguns divertidos minutos para alongamentos e risadas da platéia! Dizem que é por falta de potássio....

Hector

Adotado pelo meu irmão Carlos e sua respectiva companheira Carol, o mais ilustre e misterioso viajante, prefere ainda não revelar seu planeta de origem, mas certamente o pequeno ser, foi literalmente abduzido em plena selva de pedra ! Hector o simpático conselheiro e responsável por inúmeras conquistas em terras brasilis, vêm observando e pesquisando o comportamento e as alterações dos urbanóides da grande São Paulo. Em novembro de 2009 estive em São Paulo, e como sempre, eu e Hector conversamos por longos períodos sobre suas estratégias de atuação utilizando a nanotecnologia e suas vertentes. Durante nossas longas conversas filosóficas, diversos assuntos estavam em pauta, mas vejam só, o que mais me chamou a atenção, foi a forma encontrada pelo pequeno ser azul para explorar a cidade de concreto. Mesclando seus conhecimentos e técnicas futuristas, encontrou algo retrô, Hector optou em utilizar um lindo e colorido balão, isso mesmo: um balão. De forma simples e autêntica, o pequeno amigo vêm revelando situações surpeendentes sobre o futuro da babilônia paulistana. No momento o balão desliza pelos céus paulistas, e como é de costume Hector continua sua viagem, que me parece eterna!