domingo, 7 de fevereiro de 2010

Brisa


Apesar da cidade e o local não serem os mais adequados, o encontro foi interessante! Parecia amigos de longa data, que após alguns anos distantes, nos reencontramos para relatar suas histórias, seus desejos e seus futuros planos. Caminhamos um pouco a procura do boteco ideal, e acabamos escolhendo um desses de calçada com mesas e cadeiras de madeira. De óculos grandes e olhos puxados, a simpática moça conversava descontraída em meio as inúmeras risadas, regado a gostosa cerveja original e o ótimo astral. Quando sentia vontade de fumar, a moça descolava-se para uma sinistra faixa amarela pintada na calçada, limite determinado pelo governo paulista para os fumantes! Em pé e de forma estranha continuamos nossas interessantes conversas, mas no fundo, achei aquilo bem estranho. As trocas foram muitas, um guia de Cuba, umas fotos de São Luis do Maranhão, um colar dos índios Truká, e um universo de contos e causos. De fato, me senti muito bem em sua presença, muitas virtudes têm a jovem e simpática moça que toca pandeiro e tem muita coisa em comum! Algumas horas depois, o copo quebrou, decidimos então nos retirar do resinto e encontrar com o lendário Heitor. Em alto estilo, subimos no terraço de um prédio para observar o universo de concreto e ouvir os sons da megalópole. Literalmente uma conversa nas alturas!
Juntos, fomos ao ponto de ônibus de uma agitada rua de sampa, e em estado de paz, nos despedimos com agradecimentos em meio a uma boa brisa.

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